Pe. Chevalier propunha a seus missionários o espírito e o exemplo do Bom Pastor, na plenitude de seu coração misericordioso. Tem-se a impressão que é sobre esse aspecto que ele vê o Cristo, em todo seu Evangelho: “Durante sua vida mortal, sentia-se feliz em poder espargir as ternuras de seu Coração sobre os pequeninos, sobre os humildes, sobre os pobres, sobre aqueles que sofrem, sobre os pecadores e sobre todas as misérias da humanidade. Diante de qualquer infortúnio, de qualquer desgraça, de qualquer dor, seu Coração se enternecia” (Pe. Chevalier, Meditações).
Em 1897, um de nossos confrades escrevia, a propósito do espírito próprio dos MSC:
“O essencial é a determinação de sua escolha não do ponto de vista das preferências pessoais, mas segundo a compreensão do Coração de Nosso Senhor. Dentre todas as virtudes, qual aquela que manifesta na sua mais alta expressão, o Coração de nosso Senhor e que deve necessariamente estar impressa nas almas consagradas à verdadeira devoção ao Sagrado Coração? Isso vocês descobrirão melhor que eu. Quanto eu mais medito, mais me convenço de que o Coração de nosso Senhor nos fala mais particularmente daquele sentimento, daquelas disposições, daquelas virtudes que o mistério da encarnação, por assim dizer, associou ao caráter divino, ou melhor, daquilo que o mistério da Encarnação nos fez especial revelação. O Sagrado Coração nos fala da caridade divina, não na aridez mas transbordando de compaixão”.
Nossas Constituições dizem que “Com nosso fundador, nós contemplamos Jesus Cristo, unido ao Pai pelos laços do amor e de filial confiança. Cheio do Espírito Santo, Jesus dava graças ao Pai por ter se revelado aos pequenos. Servidor do Pai, era profundamente comprometido com os pobres e os pecadores. Como dizia o Pe. Chevalier: “Ele era feliz em derramar a ternura do seu Coração sobre os pequenos e os pobres, sobre os que sofrem, sobre os pecadores, sobre todas as misérias da humanidade” (Constituições 06).
E ainda: “Missionários do Sagrado Coração, nós vivemos a fé no amor do Pai, revelado no Coração de Cristo. Nós queremos assemelhar-nos a Cristo que amou com um coração humano; nós queremos amar por ele e com ele e proclamar o seu amor ao mundo” (Constituições 10).